segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Saiba mais sobre as lesões por esforço repetitivo


L.E.R: Saiba mais sobre as lesões por esforço repetitivo

As lesões por esforço repetitivo, conhecidas pela sigla L.E.R, têm afetado parte dos indivíduos brasileiros nos últimos anos, devido ao aumento considerável de atividades corriqueiras que são realizadas por um longo período de tempo no ambiente de trabalho.
Segundo referências médicas, o problema não é considerado uma doença, mas uma síndrome capaz de afetar músculos, nervos e tendões, com maior incidência nos membros superiores. Os profissionais mais expostos aos riscos de L.E.R são os que trabalham com computadores, músicos, esportistas, pessoas que fazem tricô ou crochê diariamente, e aquelas que operam máquinas em linhas de produção.
O problema surge quando há excesso de movimentação no sistema musculoesquelético. A repetição de uma única atividade, a postura incorreta no trabalho e o progresso do esforço acabam por obstruir a circulação sanguínea, comprometendo a irrigação de várias estruturas e levando à redução da flexibilidade tecidual.
No geral, os ambientes de trabalho mal projetados são os principais causadores das lesões por esforço repetitivo. Móveis sem adaptação, divisão desigual das tarefas, sobrecarga física e posições mantidas por longos períodos são alguns fatores que contribuem para o aparecimento dos primeiros sintomas.
Tratamento fisioterapêutico
Para atuar tanto na prevenção quanto na reversão do quadro sintomatológico da L.E.R, a fisioterapia surge como a primeira opção. Isso porque, os exercícios de reabilitação da musculatura e tendões conseguem reduzir o processo inflamatório e, consequentemente, diminuem a dor e o formigamento do local.
Trata-se de um método que possui como principal propósito, a melhoria da qualidade de vida do trabalhador com avaliações de postura, atividades laborais, abordagens biomecânicas e ergonômicas. O pilates também pode ser uma alternativa para prevenir e agir sobre as consequências do L.E.R, a partir da análise da extensão da lesão, bem como do padrão físico e postural, visando a uma diminuição do impacto sobre as articulações.
Uma pesquisa realizada com 8450 trabalhadores no Banco do Estado do Rio Grande do Sul, constatou que a implantação de exercícios de prevenção fundamentados em fisioterapia laboral, reduziu 44% dos casos de L.E.R em um período de três anos.
Dessa forma, fica explícita a importância da fisioterapia para eliminar a predisposição às lesões por esforço repetitivo em ambiente de trabalho. O ideal é que as empresas invistam em programas de prevenção a médio e longo prazo para melhorar a qualidade de vida de seus funcionários.


Fonte: Zero Hora

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